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Quarto de Vola

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Mensagem por Jules Wolfwood Seg 20 maio 2013, 8:45 pm


Vola
Um quarto de vidro, mas um vidro diferente dos outros. Esse vidro é mais temperado e forte, por causa do poder da Infectada. Há apenas uma cama e um banheiro, sem mais. No teto, há uma pequena passagem de ar, mas o que se encontra lá não é bem isso. O que sai de lá, é um gás intoxicante que faz o Infectado perder os poderes na hora. Do lado de sua cama, há um aparelho de choque, cuidado com isso. Esse quarto fica na ala 3, e está de frente com o quarto 6. Boa sorte, querida.






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Mensagem por Vola Mackenzie Qui 23 maio 2013, 4:55 pm





The Glass Room
Fomos levados por alguns corredores em silêncio. Os guardas sequer xingaram a gente ou nada parecido.
Entramos em uma porta, escrito "Alas", e dentro dessa porta havia mais 4. Ala 1, 2, 3 e 4.
- É aqui que vocês são separados. Deem até mais. - O guarda mais simpático disse.
- Até mais? Vamos ser trancados nessa porcaria. - Retruquei.
- Não, não vão. O Governo precisa de vocês vivos, e vão deixar vocês terem uma pausa de 2 hora todo dia. - "Oh, 2 horas. Quanta coisa." Pensei.
- Nossa, fico muito mais feliz com isso. - Andrew disse e eu ri um pouco, logo depois o olhei.
- Bom, até o intervalo... - Eu o abracei e ele fez o mesmo, me levantando um pouco do chão. - Vou tentar te gritar da minha ala, vai ver você ouve. - Eu disse rindo e ele fez o mesmo.
- Até mais, Vola. - Ele piscou e foi em direção a ala 4. Eu e o guarda ficamos uns segundos olhando a porta da ala 3, depois decidimos entrar.

Havia somente 2 "quartos" no local. Um estava vazio, e o outro havia uma pessoa. No quarto havia tanta luz, mas o garoto estava com a cabeça baixa. Não pude reconhecer.
- Esse é seu quarto. Entre. - O guarda menos simpático disse.
- Não fale comigo desse jeito, seu idiota. Não sou sua parente. - Ok, acho que eu irritei o guarda pra caramba. Ele me empurrou com força na parede de vidro do meu novo quarto. Fiquei surpresa pelo vidro não quebrar. Logo depois ele colocou o antebraço em meu pescoço, aquilo estava doendo e eu quase não pude respirar.
- Repita isso. - Ele disse. Eu iria abrir minha boca para repetir, não tinha medo dele, apesar de saber que ele poderia me matar. Mas fui interrompida.
- VOLA! LARGA ELA SEU IMUNDO. - Era Kenny. Ele era o garoto do quarto da frente. Ele bateu com tanta força no vidro que fez muito barulho.
- Ah, são namoradinhos? - Ele disse com um sorriso nojento no rosto.
- Ela... É... Minha irmã seu estupido - Kenny fez uma cara de dor e preocupação no mesmo momento. Eu senti pena dele, o quarto era tudo que ele não precisava. Ele adorava as sombras e tudo mais, um quarto cheio de luz não iria ser uma boa.
- Já estamos melhorando as coisas. - O guarda disse e eu o encarei. Ele riu da minha cara e me soltou, me jogando dentro do quarto.

Ele fechou a porta com um tipo de dispositivo e deu pra ouvir ele falar "A aerocinese já está lá. É melhor vocês se apressarem. Ela é nervosa, só pra avisar". No mesmo momento eu levantei do chão e fui até a parede do meu quarto, que também era de vidro. Alias, tudo era. E de Kenny também.
Encostei na parede e olhei para Kenny ele me olhava também.
- Tá... Tudo bem?
Ele assentiu.
- E você?
- Aham... - Eu respondi e abaixei a cabeça, olhando para o chão gelado. O silêncio tomou conta novamente. Eu me afastei da parede e fui para uma cama que estava lá. Me sentei nela, colocando minhas pernas entre meus braços e minha cabeça apoiada neles.

Comecei a pensar em tudo. Será que foi minha culpa? Eu tinha me rendido e será que por isso eles se renderam também? Eu não ia suportar isso.
Alguém bate no vidro e eu levanto minha cabeça. Pela primeira vez em alguns dias lagrimas saiam de meus olhos.
- Olá furacãozinho. Só precisamos fazer algumas perguntas, ok? - Um cara numa roupa preta sinistra entrou no meu quarto, junto com dois homens vestidos de enfermeiros e com uns aparelhos na mão.
- Eu não vou falar nada. - Falei e logo depois coloquei novamente minha cabeça nos joelhos.
- Ah, claro... Eu sabia que iria ser difícil assim. Por isso trouxe esses brinquedinhos. - Nem estava me ligando, apenas ignorei eles. Ouvi uns sons de metais se movendo, mas só fechei os olhos. Foi ai que uma onda de eletricidade e dor passou pelo meu corpo. Eu gritei alto, e o grito era uma mistura de dor com choro. A eletricidade não parava e meu grito só aumentava. Levantei a cabeça em um movimento brusco e vi eles me espetando com algo.
- PARA! POR... POR FAVOR, SÓ PARA! - Eu disse, ainda nos gritos.
- Só quando você nos contar quantos Infectados existem.
- EU! EU NÃO SEI! - Ainda em gritos eu falei em desespero. A dor parou e eu desabei no chão. Não tinha forças nem para levantar a cabeça e foi ai que o cara da roupa preta me girou no chão.
- Ah, você não sabe? - Ele agarrou meu cabelo, fazendo eu gritar abafado.
- Vola! Mas que... Merda?! Parem! Ela não sabe de nada, eu sei. - Era a voz de Kenny. Eu pude olhar ele de ponta cabeça, ele tava da mesma forma quando o guarda me "agrediu".
- Hm... Mas falaram que o senhor foi encontrado sem ela e os amigos. Apenas com uma garota. Eu quero saber dela. Não de você. - O homem sorria de um jeito muito medonho. Eu realmente estava assustada.
Eu respirava ofegantemente, tentando puxar o ar que restava em meus pulmões.
- Você já pensou que eu poderia ter saído para comprar algo? Estupido. - Xingamento de Kenny. - Vamos logo. Deixe ela paz.
- Kenny... - Tentei impedi-lo.
- Cala boca Vola! Me deixa. - Eu iria xinga-lo, bater nele, dizer o quanto ele era idiota. Mas eu não consegui.
- Vamos. - O cara saiu da sala, levando seus enfermeiros juntos. Tentei me levantar do chão. Mas eu acabei caindo sentada.
Quando dou por mim, um gás está saindo no teto... Ou algo parecido com o teto. E quando eu inalava, comecei a tossir... Era como se um ácido tivesse corroendo meus pulmões. Eu gritei novamente.
- NÃO! FALEI PRA DEIXAR ELA EM PAZ! - A ultima coisa que eu vi foi Kenny batendo na parede de vidro e me olhando. Depois disso, apenas um preto.


3º POST DA MISSÃO 3
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